O preconceito social que virou um carimbo na testa: O idadismo
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“Existe pessoa mais #ageless (sem idade, em inglês) e moderna do que Fernando Gabeira? Do auge dos seus 79 anos, no artigo Memórias do Grupo de Risco ele diz: -Envelheci depois de muitas lutas contra preconceitos. Só me faltava essa”.
Quem faz a pergunta e avalia a questão em profundidade é Marcia Monteiro, chefe de redação do Globo Repórter, em matéria publicada no Linkedin.
Ela afirma que a pandemia carimbou na testa das pessoas acima de 60 anos o rótulo de “Grupo de Risco” e escancarou as portas do #Idadismo como forma de discriminação baseada na idade, contaminando ainda mais a sociedade com o preconceito contra os mais velhos. Além da visão estereotipada e equivocada de aversão às inovações tecnológicas, agora veio o carimbo da fragilidade.
Antes do distanciamento social, muitas empresas já discriminavam a começar pelos anúncios de seleção: idade máxima, 40 anos. As organizações raramente abrem espaço para sêniores em programas de desenvolvimento. Preferemantecipar aposentadorias e a valiosa bagagem de conhecimento e experiência acumulada, em vez de ser passada aos mais jovens, édescartada.
Para as mulheres, a idade é fator de preconceito ainda maior. Pesquisa do The Riveter, USA mostra 58% das profissionais afirmando que “suas identidades e/ou atributos físicos impactam fortemente as experiências no trabalho”e a idade foi o fator mais citado (25%), à frente do gênero(17%), cor ou etnia (11%).
A Universidade de Yale avaliou estudos do #Idadismoem 45 países e comprovou queo preconceito tem forte impacto negativo sobre a saúde física, mental e a empregabilidade dos mais velhos.
É urgente a união por mudanças estruturais entranhadas nas sociedades em que envelhecer “é feio”. O combate ao #Idadismo tem que ser multigeracional, envolvergovernos e empresas pela diversidade etária. Não importase somos mulheres, homens, LGBT+, brancos, negros, com ou sem necessidades especiais: todos envelhecemos desde que nascemos.